quinta-feira, 26 de março de 2009

De volta

Victor, meu amado felino comunista.


Hoje virei estatística. Oficialmente, claro. Provavelmente eu já estava entre aqueles 10% há muito tempo, não que se eu tivesse ficado sabendo antes mudaria a condição das coisas. Existe uma clara diferença entre não querer e não poder. No momento eu não quero, mas talvez eu nunca possa e é isso que assusta. O problema da coisa, não é ela em si, mas tudo que se diz e os efeitos que ela causa em segundos e terceiros. E porque até não estender isso aos crimes de pensamento?
Não estou doente, só divagando. Talvez divagar demais até seja uma doença. Hump... Imagino a cena:
- Bom dia!
- Bom dia, doutor!
- Então, a senhora me procurou porque está sofrendo de divagações crônicas.
- Sim, compreenda, a vida real é um saco e sou um tanto descontrolada emocionalmente... o senhor poderia me receitar algumas pílulas de realidade conformista?
- Veja bem, a senhora não sofre propriamente de esquizofrenia, talvez só precisasse se ocupar... conversar um pouco, vou encaminhá-la para um filósofo amigo meu que tem ministrado umas terapias de auto-conhecimento interior e outras baboseiras mais.
É isso. De volta à velha mesa de trabalhos.