sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Clichê

Um emprego?

Sabe que pensando bem acho mesmo que preciso de um.

É... um emprego.

Para pagar as contas, para não morrer de fome, para ir ao cinema, para comprar a pipoca do cinema, para socorrer alguém da família ou, sei lá, um amigo. Mas, sobretudo, para não morrerem os sonhos.

É... realmente preciso de um emprego. Para ser poeta, escritora, atriz, bailarina, trapezista, professora, para ser o que eu quiser, nos meus contos e nos livros que eu ainda não li e que, certamente, me identificarei com o protagonista masculino sonhador e cheio de limitações reais e que se sente perdido a espera de uma linda garota para salvá-lo.

Eu também espero a minha garota. Uma pessoa doce que vai gostar da minha companhia e tornar minhas noites de sono mais tranquilas.

Bom, mas já são quase 20h e ela ainda não veio. Pode ter perdido o ônibus.
(...)

É, é sim. Vai ver que perdeu o ônibus. Nunca gostei do transporte público.

Comédia Romântica 2

Minha vida segue um ciclo ridiculamente previsível. Verdade! Não é frase de efeito.

Por exemplo, as grandes mudanças na minha ínfima existência sempre acontecem a partir de setembro, o mês que eu nasci e, quase sempre, todas as mudanças são boas, mesmo quando difíceis e provocam dor. O fato é que sempre sei que são necessárias.

Não acredito muito em inferno astral, mas num momento de grande bonança espiritual que, para mim, é a partir de setembro. As paixões, os novos empregos, as decisões de mudança, o jogar tudo para o alto, os amores platônicos... Sim, tudo a partir de setembro. E por falar em amores platônicos...

Ah, são ele que me permitem reviver, todos os anos, as mais juvenis e tolas sensações. É quase um tônico, um elixir da juventude, não que eu ande me apaixonando por garotinhos, a juventude está nas sensações, tão somente. Enfim, tudo muito previsível.