quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
Ansiedade
terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
Recomendo
O amor na Humanidade é uma mentira.
E é por isto que na minha lira
De amores fúteis poucas vezes falo.
O amor! Quando virei por fim a amá-lo?!
Quando, se o amor que a Humanidade inspira
É o amor do sibarita e da hetaíra,
De Messalina e de Sardanapalo?
Pois é mister que, para o amor sagrado,
O mundo fique imaterializado
— Alavanca desviada do seu fulcro —
E haja só amizade verdadeira
Duma caveira para outra caveira,
Do meu sepulcro para o teu sepulcro?!
sábado, 12 de fevereiro de 2011
O meu som
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
Folhetim
Dia desses ouvi uma amiga dizer: - Ansiedade de mulher é foda. Parecemos um caminhão desgovernado atropelando tudo.
Acho que é isso mesmo, queremos ser felizes já. Escolhemos um pobre desgraçado e dizemos veladamente: - Segure o meu pacote de expectativas, frustrações e me faça feliz.
Obviamente as mulheres também lidam com a bagagem do parceiro, ninguém chega num relacionamento em branco e livre de traumas. Mas hoje, quando escuto certas histórias, gostaria que toda mãe tivesse repetido, infinitas vezes, algumas dicas preciosas que listo a seguir.
1. Você é linda
2. Ninguém tem obrigação de amar você além de mim, que, afinal de contas, te coloquei no mundo. E quer saber, até mesmo eu já te odiei algumas vezes
3. Se ele não gosta de você, você também não vai querer gostar dele
4. Se usar o seu cabelo crespo ou cacheado não o penteie para o meio ou para o lado com um pente, achata sua cabeça. Use os dedos, dão um ar mais natural e interessante
5. Rouge deve ser usado com moderação, de outro modo parece que você acabou de uma festa caipira
6. Nem sempre é fácil fazer o que é certo, mas ainda sim deve ser feito
7. É irracional se apegar a lembranças que machucam, prefira abrir o coração para as coisas boas que virão
8. Eu amo você
9. Quando for a pessoa certa, ele estará ao seu lado sem que você tenha que se esforçar como se ele fosse último homem do mundo
10. Você sempre será linda
terça-feira, 1 de fevereiro de 2011
Vagalumes
E quando você perde o ônibus pra casa, porque já não consegue ler o letreiro do itinerário depois das 7 da noite, vem a recompensadora visão dos pontinhos de luz salpicando a noite. Os postes, a iluminação urbana entre a Esplanada e a Rodoviária, onde você vai ser abordado pelos tipos mais estranhos e fazer aquela cara de paisagem, me dão uma sensação de saudade gostosa.
Sempre tive fixação por essa luz artificial usada nas ruas, que às vezes é amarela, mas também pode ser branca.
Em Macapá, do segundo andar da casa da minha vó, em frente praça Zagury, eu podia ver os bicos de luz incandescentes nas barraquinhas de batata frita e cerveja. Do alto, apertava os olhos até quase não ter visibilidade e as luzes se uniam num borrão.
Em Belém, do sexto andar do edifício Peixoto, eu olhava era para o alto. Ficava horas na janela olhando as luzes nos outros prédios. Em Macapá a cidade não crescia para cima. E, aos meus olhos, Belém era tão esticada pra cima que me dava vertigem e muita curiosidade.
Aqui, em Brasília, eles ficam na altura dos meus olhos. Os pontos de luz estão por todos os lados, mas próximos o suficientes para me fazerem crer que a qualquer momento se darão as mãos.