quinta-feira, 17 de junho de 2010

Explicações

Mesmo depois que o objeto é apartado de nós, quando fechamos os olhos nós continuamos a reter sua imagem, embora menos nítida do que quando a enxergávamos. (T. Hobbes)

Saudades?

Muitas

Tantas que nem cabem no peito

Correm doidas para as mãos trêmulas

Chegam aos olhos inchados

Se alojam nas pernas inquietas

Vão para a boca contorcida

Enormes

Em um momento se declaram donas do corpo

Querem todo espaço, todo resquício de memória

Para no outro instante se aquietarem

Ficarem pequeninas

Fracas

Se retraem para deixar o corpo descansar

Mentirosas dizem não se importar

Fingem que vão embora


2 comentários:

Diana Figueroa disse...

lindo Jujubs.

Marcelo disse...

Pois é, a citação inicial é tudo. Sentir é complicado, principalmente quando se é um consenso de que senti-lo dessa forma é uam estupidez, um erro de cálculo, uma tolisse. Mas viver é bom e é auto-instrutivo. Você continua a escrever muito bem! saudades! bjoooooooos!