sexta-feira, 12 de junho de 2009

Não!

Por favor, não me corte
Há sangue em minhas veias
E apesar de tudo eu tenho um coração
Havia mais pedras no caminho do que eu costumava contar
Não entendo de mentiras
Só sei dos sonhos deixados na caixa de papelão
Por favor, não me corte
Eu ainda preciso desta carne que me reveste os ossos
E apesar de tudo eu ainda sinto dor
O cheiro do cabelo queimado não me incomoda mais
E só preciso ter onde recostar meus próprios pesadelos
De todos os medos, de todos as fadigas
Nada me cansa mais do que esquecer o que eu sou

Um comentário:

john disse...

Todos temos, um vilão malicioso, um herói bondoso, e uma vitima inocente dentro de nós.
acho que a grande mágica da vida não é salvar a vitima, prender o vilão e deixar o herói ser feliz para "sempre", devemos aprender a respeitar e aceitar cada um desses personagens como formadores de nosso ego(no contexto de:soma total dos pensamentos, idéias, sentimentos, lembranças e percepções sensoriais), partindo do fato de que as vezes preisamos ser maliciosos como o bandido, ser corajosos como o herói, e até mesmo ser mártires como as vitimas, pois da malicia, vem a sagacidade, da coragem a atitude e do sofrimento a sabedoria, portanto, só podemos escolher o nosso caminho verdadeiro, se conhecermos, a essência de cada uma de nossas ações assim como as conseqüências.
ótimo texto.
abraços